terça-feira, 6 de maio de 2008

Vantagens e Desvantagens da Fitoterapia




Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio activo (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da farmacologia.
Enquanto o princípio activo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de chás, ultradiluições, ou de forma industrializada, com extracto homogéneo da planta.
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio activo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reacção alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e interacção com outras medicações, levando a danos na saúde e até predisposição para CANCRO!

Além disso, todo princípio activo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. A variação de concentração do princípio activo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas aonde essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na concentração do princípio activo em cápsulas pode variar até em 100%. Nas ultradiluições, como na homeopatia, aonde não há virtualmente o princípio ativo na apresentação final, não há nenhum desses riscos anteriores, mas a eficácia desse tratamento não foi comprovada cientificamente.

Muitas vezes escutamos as pessoas recomendarem o uso de plantas medicinais dizendo: "Se bem não fizer, mal também não fará."

Infelizmente não é isso que ocorre, porque o uso inadequado de plantas medicinais pode muitas vezes não realizar o efeito desejado.
O uso de plantas medicinais, quando efectuado com critérios, só tem a contribuir para a saúde de quem o pratica.
Esses critérios se referem à identificação da doença ou do sintoma apresentado, conhecimento e seleção correcta da planta a ser utilizada e uma adequada preparação.
As planta medicinais devem ser adquiridas, preferencialmente, por pessoas ou firmas idôneas que possam dar garantia da qualidade e da identificação correcta. O ideal seria que as pessoas e instituições que fazem uso das plantas medicinais, mantivessem o cultivo das espécies mais utilizadas.
Na preparação, deve-se observar cuidadosamente a dosagem das partes vegetais e sua forma de uso.
As misturas de plantas no chá devem se restringir a um número pequeno de espécie com indicações e uso semelhantes.
A forma de uso e a freqüência também são importantes durante o tratamento. Não adianta ingerir um litro de chá de uma só vez, quando se deveria tomar a intervalos regulares de tempo durante o dia. Da mesma forma, uma planta recomendada exclusivamente para uso externo não deve ser administrada internamente.
O uso contínuo de uma mesma planta deve ser evitado. Recomenda-se períodos de uso máximo entre 21 e 30 dias, intercalados por um período de descanso entre 4 e 7 dias, permitindo que o organismo se desacostume e, também, para que o vegetal possa actuar com toda a sua eficácia.
A adição de mel a chás e xaropes só deve ser feita depois que estes fiquem mornos ou frios.
A dosagem dos remédios caseiros feitos com plantas medicinais variam de acordo com a idade e com o tipo de metabolismo de cada pessoa.

Fitoterapia

Do grego - Tratamento (therapeia) Vegetal (Phyton), ou ainda
"A terapêutica das doenças através das plantas".
Fitoterapia é o método de tratamento de doenças através das plantas e a forma mais antiga e fundamental de medicina da Terra. Há mais de 6000 anos o homem testa e escolhe instintivamente as melhores plantas medicinais para curar as suas doenças.
No nosso século, a medicina disseminou o emprego de antibióticos e remédios alopáticos e a nossa medicina natural, passada de geração em geração foi esquecida no tempo e para tudo existe um anti-biotico ou um anti-inflamatório á venda no balcão de qualquer farmácia.
O conhecimento das propriedades medicinais das plantas, dos minerais e de certos produtos de origem animal é uma das maiores riquezas da cultura indígena. Uma sabedoria tradicional que passa de geração em geração.
Vivendo em permanente contacto com a natureza, os índios e outros povos da floresta estão habituados a estabelecer relações de semelhança entre as características de certas substâncias naturais e seu próprio corpo.
O índio tem um profundo conhecimento da flora medicinal, e dela retira os mais variados remédios, que emprega de diferentes formas .
As práticas curativas das tribos indígenas estão profundamente relacionadas com a maneira que o índio percebe a doença e suas causas. Tanto as medidas curativas como as preventivas são realizadas pelo pajé, sendo estes rituais carregados de elementos mágicos e místicos que refletem o modo de ser do índio e o relacionamento deste com o mundo.
Segundo LELONG, na filosofia indígena as plantas são responsáveis pela cura devido à presença de um espírito inteligente.
O que os índios denominavam de espírito inteligente, hoje, graças aos estudos farmacológicos, sabe-se que nada mais é do que o princípio activo, produzido pelos vegetais. Além do metabolismo primário, as plantas produzem também substâncias resultantes do metabolismo secundário. Este metabolismo secundário se diferencia do primário, basicamente por não apresentar reacções e produtos comuns à maioria das plantas, sendo portanto específico de determinados grupos.
A fitoterapia é uma terapia com a propriedade de curar males profunda e integralmente, de maneira não agressiva, pois estimula as defesas naturais do organismo.
Apesar de ser erroneamente considerada por muitos como uma
terapia alternativa, não é uma especialidade médica e faz parte do arsenal terapêutico habitualmente utilizado.

A proposta é, pois: resgatar a fabulosa herança que nos foi legada pelos nossos ancestrais, que é o poder da cura pelos elementos da natureza, onde encontramos o que há de melhor em vitaminas, diuréticos, anti-inflamatórios, cicatrizantes, etc. que compõem toda uma gama de fármacos utilizada como recursos de terapêutica preventiva e de emergência.
A matéria prima para tais medicamentos, corretamente prescrita pelos profissionais da área, pode ser facilmente adquirida em Ervanárias- as “farmácias das plantas”.

Esta forma terapêutica preocupa-se com o equilíbrio nutricional do indivíduo, observados os vários factores que reagem sobre as pessoas, visando manter um estado de harmonia energética e possibilitando, com eficácia, a solução da maioria dos problemas simples, que representam 95% dos atendimentos em geral em muitas urgências do nosso país.

Prólogo




Química e a Sociedade
Universidade da Beira Interior


- Eloísa Lopes nº 19947
- Rita Sieiro nº 20761


Química das Plantas Medicinais

O conhecimento sobre plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos.

O uso de plantas no tratamento e na cura de doenças é tão antigo quanto a espécie humana.

Chamam-lhe Fitoterapia e desperta o interesse em pesquisadores por todo o mundo e envolve áreas multidisciplinares como a Botânica, Quimica Organica, Fitoquimica e a Farmacologia.
As pesquisas com plantas medicinais envolvem investigações da medicina tradicional e popular (etnobotânica);
-Isolamento, purificação e caracterização de princípios activos (química orgânica: fitoquímica);
-Investigação farmacológica de extratos e dos constituintes químicos isolados (farmacologia);
-Transformações químicas de princípios activos (química orgânica sintética);
-Estudo da relação estrutura/actividade e dos mecanismos de acção dos princípios activos (química medicinal e farmacológia);
-Selecção de especies vegetais e a sua avaliação biológica e finalmente a operação de formulações para a produção de fitoterápicos;


A integração destas áreas na pesquisa de plantas medicinais conduz a um caminho promissor e eficaz para a descoberta de novos medicamentos.

Tomaremos como base plantas ás quais chamamos de plantas "comuns" para mostrar o quanto importantes as plantas são ate aos dias de hoje e as suas diversas aplicações terapêuticas tanto em medicina tradicional- "caseira" como nos metodos farmacologicos e ciêntificos da actualidade .



  • A planta da Cannabis Sativa apresentará condições para ser aplicada terapêuticamente?


  • E o chá verde? Poderá prevenir a doença de Alzheimer?


  • É possivel uma planta sobreviver á bomba de Hiroshima?


  • Afinal o que é um princípio activo?

A quimica das plantas medicinais


Ora que coisa tão estranha... A quimica das plantas medicinais ?! Supostamente são plantas e não apresentam qualquer envolvimento quimico, no entanto a quimica é extremamente abrangente, E sim a base das plantas medicinais passa pela quimica essencialmente. No estudo dos seus compostos quimicos, isolamento dos seus principios activos e difusão das suas "habilidades" atraves dos meios ciêntificos.

No meu 1º ano de Universidade da Beira Interior decidi mais uma amiga (Rituxa) fazermos um trabalho para uma cadeira [Quimica e a Sociedade] que consistia na apresentação de um placar com as medidas que quisessemos (não superior a 1.50m) sobre um tema "Químico" que nós quisessemos. Eu desde pequena adoro plantas, chás esse tipo de coisas e acredito na necessidade de voltar ás origens.

Neste segundo ano de UBI faço parte da direcção do nucleo de estudantes de quimica e bioquimica. Todos os anos se realizam conferências sobre temas em voga no meio ciêntifico com docentes de varias universidades que vêm transmitir os seus belos saberes e investigações a todos os que se deslocam ás Jonardas dos cursos de Quimica Industrial e Bioquimica. Este ano o dia Inicial das Jornadas de Quimica industrial 2008 foi sobre Fitoterapia e Fitofármacos.

E correu extremamente bem.
Foi a alegria dos meus olhos xD

UBIQUIMICA 2008

Acho importante desde já transmitir a quem estiver interessado em tal o saber que tanto me custou a decorar pra ter 19 naquele painel final :D

O meu trabalho foi composto de um livro sobre fitoterapia, com investigação sobre varias plantas detalhadamente o qual vou tentar colocar o essencial aqui, e o dito cartaz.

investiguei principalmente as seguintes plantas: Aloe Vera (Barbadensis Miller), Cannabis Sativa, Gingko Biloba, Ginseng e a sua aplicação nos fármacos hoje em dia.


Espero que seja do vosso interesse ! :D